A relação entre homem e Deus tende a apresentá-las como um desequilíbrio mental daquele que crê. Como uma fraqueza, um desvio da razão. O filme não afirma diretamente a inexistência de Deus, a modernidade tardia não exige isso como exigia a modernidade em sua busca da autonomia da razão. Essa Semana fui assistir ao filme do Ridley Scott, Êxodo – Deuses e Reis. Gostaria de comentar um pouco sobre o que achei, como eu faço sempre. Antes faz bem lembrar um pouco, de forma rápida alguns aspectos do livro base para o filme. A primeira coisa que devemos lembrar é que o titulo do filme é homônimo ao do segundo livro do Antigo Testamento. O Livro de Êxodo, cuja autoria é tradicionalmente atribuída a Moisés, é possivelmente o mais importante do Antigo Testamento. Nele podemos observar o desenvolvimento da narrativa de como o povo de Israel estabelece o relacionamento com o Deus Único (Adonais, Javé o Eu Sou). Nessa narrativa o protagonista é Javé, mas o princip...